domingo, 14 de junho de 2009

Movimento da Escola Moderna (MEM)

Trabalhar numa sala de Jardim de Infância de acordo com os princípios deste movimento implica uma dinâmica de organização cooperada do trabalho, onde cada criança participa, com tempos, espaços e instrumentos próprios de forma a nos organizarmos como grupo.
Este sistema faz parte de um modelo pedagógico que assenta numa prática democrática da gestão das actividades, dos materiais, do temp e do espaço e pretende, através da acção dos educadores que dele fazem parte, proporcionar uma vivência democrática e um desenvolvimento sócio-moral das crianças, garantindo a sua participação na gestão da vida da sala e da escola. Esta gestão é apoiada por instrumentos de pilotagem, registo e avaliação, tais como: Mapa de Presenças, Mapa de actividades, Mapa de Tarefas, Plano do Dia, Lista de Projectos e o Diário de Grupo.
Este último é um instrumento mediador e operador de regulação social do grupo e do processo de negociação permanente interactiva que uma educação cooperada ou democrática pressupõe. No diário escrevem-se as ocorrências negativas e positivas do grupo, o que queremos fazer, saber ou mudar e o que fizemos. No final da semana o Diário é lido, conversado e reflectido em grupo e a partir daqui constroem-se por exemplo as regras de convivência.
No dia-a-dia da sala, temos momentos de reunião, adultos e crianças à volta da mesa em que planeamos o trabalho a ser realizado, em que partilhamos saberes, em que avaliamos trabalhos, tarefas e atitudes, em que comunicamos descobertas e aprendizagens.
O espaço educativo está organizado por áreas de trabalho de modo a permitir que as crianças realizem actividades previamente escolhidas e por uma área polivalente para trabalho colectivo. A escolha e realização das actividades pressupõe um compromisso e uma responsabilização por parte delas. Os materiais encontram-se ao alcance e à sua disposição para que os possam utilizar autonomamente. Esta organização do espaço permite que elas possam estar nas áreas de trabalho sozinhas, em pares ou em pequeno grupo. Todo o espaço da sala é enriquecido com as produções das crianças que retratam e dão sentido à vida do grupo, apoiam as aprendizagens, sugerem e provocam projectos.
Fonte: Revista Coisas de Criança


Alguns instrumentos de trabalho que observei ao longo do meu estágio

Mapa de Presenças





Mapa de Actividades


Mapa de Tarefas



Diário de Turma

























































domingo, 7 de junho de 2009

A criança e o desenho infantil

É importante para nós futuras educadoras compreendermos e conhecermos as fases do desenho infantil e a sua relação com a evolução do desenvolvimento humano, de forma a fazer com que a criança aprenda a ter um olhar sensível e pensante.

Ao desenhar, a criança conta a sua história, os seus pensamentos, as suas fantasias, os seus medos, as suas alegrias, as suas tristezas. No acto de desenhar, a criança age e interage com o meio, o seu corpo envolve-se na acção (...) (Novaes, Ema e Neves, Lygia; 2004)

Os desenhos das crianças têm um significado pessoal para ela e muitas vezes os adultos interpretam-nos de maneira diferente, esquecendo que a visão da criança é em muito diferente da do adulto.

Segundo Luquet, "o desenho é uma intima ligação do psíquico e do moral. A intenção de desenhar tal objecto não é senão o prolongamento e a manifestação da sua representação mental; o objecto representado é o que, neste momento, ocupará no espírito do desenhador, um lugar exclusivo ou preponderante".

O desenho da criança vai evoluindo e modificando com o seu desenvolvimento. Para ela o desenho é uma expressão do mundo, ela desenha conforme o modelo interior, a representação mental que possui do objecto a ser desenhado.

Se o educador tiver conhecimento das etapas evolutivas do desenho infantil, ele compreenderá melhor as crianças. Poderá de alguma forma orientar as suas acções pedagógicas com a elaboração de propostas de trabalho que incorporem actividades artísticas, não sendo estas apenas espontâneas por parte da criança, ou seja, o educador poderá colocar o desenho infantil através de uma história, de um passeio, de uma ocorrência na sala, de brincadeira, de jogos, de cantigas, entre outros.

A criança deve poder expressar livremente os seus pensamentos, tendo a autonomia necessária para criar.

O papel do educador é muito importante, ele deverá desafiar, incentivar, procurar ampliar as experiências e os conhecimentos da criança. Deverá ainda ter em conta que o desenho da criança dependerá, e muito do meio em que esta vive, se tem oportunidade de ter cesso a materiais e actividades que permitam e incentivem a sua expressão artística. Deve respeitar o ritmo de cada criança, a maneira como a sua obra está a evoluir, porque cada criança tem um tempo e uma maneira de internalizar as suas experiências e vivências.
Iremos fazer um estudo das estágios, movimentos que foram estudados e posteriormente os colocaremos aqui.

Avaliação em Educação de Infância

Deixamos-vos por agora mais um possível instrumento de avaliação em Educação de Infância, mas desta vez em relação aos materiais expostos nas paredes das salas de Jardim de Infância. Esperamos de alguma forma ajudar...
Guião para avaliação dos materiais expostos nas paredes das salas de Jardim de Infância
1. Início do ano escolar
1.1. Descrição dos materiais existentes nas paredes da sala de actividades.
1.2. Como surgiram:
1.2.1. Sugestão do/a educador/a? Como?
1.2.2. Sugestão do/a educador/a em conjunto com as crianças? Como?
1.2.3. Mantiveram-se do ano anterior? Porquê?
1.3. Quais foram as estratégias para a familiarização das crianças com a utilização destes materiais?
2. Alterações posteriores
2.1. Após a fase inicial do ano escolar foram realizadas alterações relativamente aos materiais expostos nas paredes da sala? Quais?
2.1.1. Como foram definidas estas alterações?
2.1.1.1. Só pelo/a educador/a? Como?
2.1.1.2. Pelo/a educador/a em colaboração com as crianças? Como?
2.1.2. Porque surgiram estas alterações?
2.1.3. Que implicações tiveram estas alterações nas práticas de trabalho?
3. Organização actual
3.1. Descrição dos materiais existentes.
Para cada um:
3.1.1. Sua designação
3.1.2. Sua esquematização
3.1.3. Descrição da sua utilização
3.1.4. Principais finalidades
3.1.5. Sua intervenção na organização do trabalho desenvolvido pelo grupo
3.2. Em que área de actividades estão localizados?
3.2.2. São acessíveis às crianças?
3.3. No caso dos trabalhos expostos
3.3.1. Predominam trabalhos individuais? De grupo?
3.3.2. Principais finalidades de aprendizagem subjacentes a estes trabalhos?
3.3.3. Qual o critério subjacente à escolha dos trabalhos que são expostos?
3.4. No caso dos quadros guia/identificação
3.4.1. Predominam materiais utilizados pela criança/ou pelo adulto?
3.4.2. Principais finalidades subjacentes à sua utilização?
3.5. Utilização (no caso dos materiais que são periodicamente utilizados)
3.5.1. Os que se destinam a ser utilizados pelas crianças, estas conseguem fazê-lo sozinhas? Porquê?
3.5.2. Todas as crianças os podem utilizar?
3.5.3. A sua utilização é individual? Em pequeno grupo? Em grande grupo?
3.5.4. No caso dos materiais de utilização periódica, há um sistema rotativo para não serem sempre as mesmas crianças as primeiras?
3.5.5. Periodicidade da sua utilização (diária, semanal, quinzenal, mensal, variável)?
3.5.6. Geralmente são utilizados em que momento do dia? Antes ou depois de que actividades? manhã ou tarde? Variável?
3.6. qual o papel que os materiais expostos na sala têm/podem ter como desencadeadores de novos projectos de actividades? Como?
3.7. Existem muitos materiais que não estão a ser utilizados? Porquê?
3.8. outras observações importantes
4. Alterações necessárias
4.1. Que alterações serão importantes realizar? Porquê?
4.2. Quais serão as implicações destas alterações?
5. Principais dificuldades
5.1. Quais as principais dificuldades sentidas em relação à elaboração/utilização destes materiais?
5.2. Formas possíveis de ultrapassar estas dificuldades?
Fonte: Cadernos de Educação de Infância, n.º 81 - Agosto/2007

sábado, 6 de junho de 2009

Avaliação em educação de infância

Anteriormente tínhamos deixado o guião para a avaliação do espaço-materiais na sala de jardim de infância, agora deixamos também o guião referente à avaliação da organização do tempo. Esperemos que de alguma forma este material sirva para educadores/as e futuros/as educadores/as poderem fazer uma maior reflexão das suas práticas educativas. Esta avaliação é um passo importante para o desenvolvimento de práticas mais reflectidas e coerentes.
As nossas crianças têm o direito a ter uma educação de qualidade.
Guião para avaliação da organização do tempo no jardim de infância
Jardim de Infância:
N.º de crianças do grupo:
Idades das crianças do grupo:
Outras observações importantes:
Data de preenchimento da ficha:
Observador/a:
1. Início do ano escolar
1.1. Como foi definida a organização da sequência diária das actividades?
1.1.1. Só pela/o educador/a? Como?
1.1.2. Pela/o educador/a em conjunto com o grupo de crianças? Como?
1.2. Quais foram as estratégias utilizadas para a familiarização das crianças com a sequência diária das actividades?
2. Alterações posteriores
2.1. Após a fase inicial do ano escolar, a sequência diária das actividades sofreu algumas alterações? Quais?
2.1.1. Como foram definidas estas alterações?
2.1.1.1. Só pelo/a educador/a? Como?
2.1.1.2. Pelo/a educador/a em colaboração com as crianças? Como?
2.1.2. Porque surgiram estas alterações?
2.1.3. Que implicações tiveram estas alterações nas práticas de trabalho?
3. Organização actual
3.1. Qual é a sequência diária mais frequente?
3.2. Qual é a duração (aproximada) de cada um dos momentos de actividades existentes na sequência diária?
3.3. Como é que cada um destes momentos de actividades é assinalado ao longo da sequência diária?
3.3.1. Pelo/a educador/a? Como?
3.3.2. Pelo/a educador/a em colaboração com as crianças? Como?
4. Observação de uma semana a partir da utilização da grelha de observação apresentada em 4.1.
4.1.
Hora:
Actividade:
Duração:
Iniciativa
Criança:
Educador/a:
Grupo:
Forma do Grupo
Individual + pequeno grupo:
Grande grupo:
Individual:
Observações:
4.2. Qual a sequência diária mais frequente ao longo da semana observada?
4.3. Qual o tipo de actividades que aparecem com mais frequência?
4.3.1. As que implicam a livre escolha das crianças?
4.3.2. As que são orientadas pelo/a educador/a?
4.4. Qual a forma do grupo mais frequente?
4.5. Como está feita a articulação entre as iniciativas da criança e as do/a educador/a durante o desenrolar dos dias de actividades?
4.6. O número de actividades da sequência diária é o mais adequado?
4.7. Os momentos do dia destinados ao desenvolvimento de cada tipo de actividades são os mais adequados?
4.8. O tempo médio de duração de cada tipo de actividades é o mais adequado?
4.9. Qual o tempo médio que as crianças passam durante o dia no recreio?
4.9.1. Qual o papel do/a educador/a durante estes momentos?
4.10. Qual o tempo médio que as crianças passam durante o dia em momentos de espera?
4.11. Qual o tempo médio que as crianças passam durante o dia em actividades de rotina diária de tipo não escolar (lanche, idas à casa de banho, almoço...)
4.11.1. Qual o papel do/a educador/a durante estes momentos?
5. Alterações necessárias
5.1. Que alterações serão importantes realizar em relação à forma como o tempo está organizado? Porquê?
5.2. Quais serão as implicações destas alterações?
6. Principais dificuldades
6.1. Quais as principais dificuldades sentidas em relação ao trabalho de organização de tempo?
6.2. Formas possíveis de as ultrapassar?
Fonte: Cadernos de Educação de Infância, n.º 81 - Agosto/2007

Avaliação em Educação de Infância

Aqui deixamos alguns instrumentos de avaliação relativos à organização do trabalho nas salas de jardim de infância.


Guião para avaliação da organização do espaço-materiais na sala de jardim de infância


Jardim de infância:

N.º de crianças do grupo:

Idades das crianças do grupo:

Outras observações importantes:

Data do preenchimento da ficha:

Observador/a:


1. Início do ano escolar

1.1. Como foi definida a organização do espaço-materiais?

1.1.1. Só pela/o educador/a? Como?

1.1.2. Pelo/a educador/a em conjunto com as crianças? Como?

1.2. Quais foram as estratégias utilizadas para a familiarização das crianças com a organização do espaço da sala de actividades?



2. Alterações posteriores

2.1. Após a fase inicial do ano escolar, a organização espaço-materiais sofreu alterações? Quais?

2.1.1. Como foram definidas estas alterações?

2.1.1.1. Só pela/o educador/a? Como?

2.1.1.2. Pela/o educador/a em colaboração com as crianças? Como?

2.1.2. Porque surgiram estas alterações?

2.1.3. Que implicações tiveram estas alterações nas práticas de trabalho?


3. Organização actual

3.1. Esquematização da planta da sala.

3.2. Esquematização das áreas de actividades existentes.

3.2.1. Para cada área quais são as actividades passíveis de serem diariamente escolhidas pelas crianças?

3.2.2. O equipamento necessário para o desenvolvimento destas actividades está sempre ao alcance das crianças?

3.2.3. Todo este equipamentoestá bem visível/identificado, de forma a que as crianças o possam encontrar facilmente?Como?

3.2.4. Todo o equipamento necessário ara o desenvolvimento da actividade encontra-se na área onde esta se realiza?

3.2.5. Todo este equipamento tem um espaço definido para a sua arrumação?

3.2.6. O equipamento existente para cada actividade é adequado e suficiente?

3.2.7. O espaço definido para a realização de cada actividade é suficiente?

3.3. Como é que estão identificadas as actividades passíveis de serem diariamente escolhidas pelas crianças?

3.4. Como são organizadas com as crianças as escolhas destas actividades? Há um sistema de planeamento definido?

3.4.1. Há um sistema rotativo para não serem sempre as mesmas crianças a escolher primeiro?


4. Observação durante duas manhãs das escolhas das actividades feitas pelas crianças e da forma como o espaço da sala é ocupado durante o seu desenvolvimento.

4.1. Quais são as actividades mais escolhidas pelas crianças?

4.2. Quais são as actividades menos escolhidas pelas crianças?

4.3. Estas escolhas serão influenciadas pela disposição do espaço ou pela organização do equipamento?

4.4. as escolhas serão influenciadas pelo tempo (maior/menor) que o/a educador/a costuma estar a apoiar cada uma destas actividades?

4.5. Outras observações consideradas importantes em relação aos comportamentos e tempo de permanência de cada criança no desenvolvimento das actividades escolhidas.


5. Alterações necessárias

5.1. Que alterações serão importantes realizar em relação à actual organização do espaço-materiais? Porquê?

5.2. Quais serão as implicações destas alterações?


6. Principais dificuldades

6.1. Quais são as principais dificuldades sentidas em relação ao trabalho de organização do espaço-materias?

6.2. Formas possíveis de as ultrapassar?
Fonte: Cadernos de Educação de Infância, n.º 81 - Agosto/2007





sexta-feira, 5 de junho de 2009

Nota de Boas Vindas

Bem vindos ao nosso mundo (ainda um pouco pequeno), mas que esperamos que de futuro seja enorme...
Somos seis "pikenas" a frequentar o 3.º ano de Educação de Infância e esperamos que de futuro, educadoras excelentes.
Têm sido três anos muito complicados para algumas de nós, umas porque têm filhotes pequenos, outras porque estão à espera de bebé, outras porque a gestão financeira é complicada e tudo isto tem sido dificil de gerir, isto porque somos estudante em regime pós-laboral e gerir casa, filhos, emprego e tudo o mais é complicado...
Mas somos mulheres de garra e tudo o que mais queremos é vencer mais uma etapa da nossa vida. Tudo isto para nós tem um valor enorme, porque podermos chegar ao "fim" da nossa formação (nada é estanque, a formação continuará ao longo das nossas vidas) será bastante gratificante, olhar para trás e podermos dizer: "Vencemos!"
Apresentações feitas!